A vereadora da cidade de Rincão, Giovanna Buono, fez uma grave denúncia sobre as condições do pronto-socorro municipal em sua recente visita à unidade de saúde.
A parlamentar fez uma série de observações sobre as condições do local, relatando que a sala de espera do pronto-socorro carecia de ventiladores e não possuía bebedouro de água. Além disso, ela ficou alarmada com o estado extremamente sujo das instalações.
No entanto, a denúncia não se limitou apenas à infraestrutura física. Giovana também expressou sua preocupação com a conduta de alguns profissionais de saúde no pronto-socorro. Ela alegou ter testemunhado médicos e enfermeiras fazendo piadas dentro da unidade. Diante da situação, segundo a vereadora, a reação dos funcionários foi chamar a polícia.
“A ordem agora é chamar a polícia quando eu chegar. Acabei de falar com a presidente aqui da Câmara Municipal, ela está aqui agora de dia, expliquei pra ela. Ela falou ‘você pode colocar em sessão isso hoje, que isso não pode acontecer. Você pode entrar em qualquer repartição pública a hora e o momento que você achar que deve, com denúncia ou sem denúncia. Você pode entrar lá desde que você respeite” – Completou a vereadora.
Fotos cedidas para o Jornal Em Foco, mostram que o posto está em reforma e que alguns locais da área não são de acesso ao paciente. Porém, em um vídeo da vereadora, há o relato de armazenamento inadequado de cilindros de oxigênio, salas com entulhos, lodo nos corredores, fezes de pombo pelas paredes representando um potencial risco de doenças para os pacientes, aparelhos quebrados e áreas propícias ao acúmulo de água, aumentando o risco de dengue.
Nesse sentido, é enfatizado por ela que a mesma atenção e cuidado com a limpeza exigidos da população em suas residências e propriedades também deveriam ser aplicados aos setores públicos responsáveis pela saúde da comunidade e de seus funcionários.
Giovanna também mencionou denúncias de outros profissionais do pronto-socorro e de várias pessoas em suas redes sociais, detalhando problemas persistentes de sujeira e más condições no local. Inclusive, foi relatado haver deficiência de lençóis e cobertores no pronto socorro para pacientes que precisam permanecer na unidade até ser transferido. Ela reafirma que, apesar da reforma, o principal é manter o local devidamente limpo e adequado a população.
Além disso, Giovanna levantou questionamentos sobre os custos elevados relacionados ao aluguel de um hotel usado como posto de saúde temporário durante a reforma do posto de saúde principal. Perguntado em entrevista, ela planeja encaminhar essas denúncias para o Ministério Público e a delegacia local, garantindo que as questões sejam investigadas.
Por outro lado, as autoridades de saúde, entrevistadas pelo Jornal Em Foco, estão esclarecendo os detalhes da situação e fornecendo informações para dissipar preocupações infundadas.
De acordo com o Diretor de Saúde e a Diretora de Divisão e Assistência a Saúde, as unidades em Rincão funcionam como estratégias de saúde da família. Recentemente, a Estratégia Saúde da Família 3 foi transferida para o bairro apropriado, enquanto o centro de saúde e uma equipe de estratégia foram temporariamente realocados em um prédio próximo para permitir reformas no local original.
Muitas das denúncias parecem surgir devido a uma compreensão inadequada da situação. É importante esclarecer que as unidades de saúde não fornecem cobertores, pois o pronto-socorro não mantém pacientes no local; ele faz o atendimento e, em seguida, transfere os pacientes para outros hospitais de referência determinados pela DRS (Departamento Regional de Saúde).
O prédio temporário passou por reformas e manutenção para atender às necessidades da comunidade. Esse prédio temporário foi rigorosamente inspecionado pela Vigilância Sanitária e pela saúde do trabalhador e está em conformidade com as diretrizes de atenção básica.
“Existe um laudo da Vigilância Sanitária, foi feito toda a verificação do local. Então ele é adequado”. – Conclui o Diretor de Saúde.
As autoridades convidam as pessoas a visitarem a unidade para verificarem as condições e esclarecer que há travesseiros, cobertores, macas e um chuveiro adaptado para pacientes que precisam permanecer por mais de 24 horas na unidade, aguardando transferência.
