Durante uma apresentação aos supervisores das redes de ensino, o Governo de São Paulo divulgou um plano de reforma curricular que promete mexer significativamente na estrutura de ensino das escolas públicas estaduais a partir de 2024. Essa reforma, liderada pelo gestor Tarcísio de Freitas (Republicanos), visa reconfigurar a série curricular para os alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio.
As mudanças anunciadas têm como objetivo principal aumentar a ênfase nas disciplinas de matemática e língua portuguesa, priorizando o aprimoramento dos conhecimentos nessas áreas. Consequentemente, disciplinas como artes e filosofia sofrerão redução na carga horária, seguindo um plano que também prevê a eliminação das matérias eletivas. No lugar delas, serão inseridas aulas de recuperação e preparatórias externas especificamente para o vestibular.
De acordo com fontes do jornal Folha de S. Paulo, a gestão tem trabalho ao longo do ano para planejar essas mudanças, mudanças um aprimoramento do ensino, alinhado às demandas atuais e futuras do mercado educacional e profissional.
É importante destacar que as alterações na série curricular afetarão exclusivamente o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio. Não haverá mudanças na série do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano).
Esse anúncio tem gerado debates e publicações acaloradas entre educadores, pais e especialistas da área, alguns preocupados com a possível diminuição do espaço dedicado a disciplinas consideradas fundamentais para o desenvolvimento integral dos estudantes, enquanto outros apoiam a iniciativa, alegando a necessidade de foco em disciplinas que possam preparar melhores os alunos para os desafios acadêmicos e profissionais futuros.
A implementação dessas mudanças no ensino público estadual de São Paulo está prevista para iniciar em 2024, dando tempo para que professores e gestores se adaptem à nova estrutura curricular e para que a comunidade escolar possa compreender e discutir os impactos dessas modificações.