Cerca de 40% das pessoas que vivem com diabetes em todo o mundo não são diagnosticadas, de acordo com uma nova pesquisa. A maioria dessas pessoas vive na África (60%), seguida pelo Sudeste Asiático (57%) e pela região ocidental do Pacífico (56%).
Outro dado alarmante do relatório, que fornece uma visão geral da indústria global de diabetes feita pela Aging Analytics Agency, empresa britânica focada em análises industriais sobre Longevidade, Medicina Preventiva de Precisão e Economia do Envelhecimento, é que metade das pessoas diagnosticadas não recebe tratamento. Três em cada quatro pessoas com esta doença vivem em países de baixo e médio rendimento, onde nem sempre a população tem acesso aos serviços de saúde.
O relatório, a maior pesquisa desse tipo até o momento, afirma que a “grande disparidade” no tratamento “destaca a necessidade premente de melhorar o acesso aos cuidados diabéticos à escala global”. Em 2021, quase 7 milhões de mortes em todo o mundo foram resultado da diabetes, apesar de mais de 970 bilhões de dólares gastos em tratamento, de acordo com a investigação.
A diabetes está aumentando no mundo. A rápida urbanização e os efeitos da crise climática nas colheitas levaram a um aumento de alimentos processados baratos, que substituíram fontes alimentares mais tradicionais nas dietas.
A diabetes é uma doença desenvolvida a partir do excesso de açúcar na corrente sanguínea, chamado de hiperglicemia. Existem quatro tipos de diabetes, mas o mais comum é o tipo 2, que aparece geralmente na fase adulta e é consequência de um mau funcionamento da insulina produzida pelo corpo. Ela também está associada a hábitos de vida, como sedentarismo e alimentação ruim.
Sintomas da doença Entre os sintomas mais comuns da diabetes, estão:
Sede constante; Vontade de urinar diversas vezes ao dia; Fadiga; Alterações na visão. No entanto, os sintomas podem variar de acordo com cada tipo da doença, além de poderem se apresentar de maneiras diferentes. No caso da diabetes tipo 1, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que são também sintomas a fome excessiva e a perda de peso. Caso o tratamento não seja iniciado, os sintomas podem evoluir para uma desidratação severa, sonolência, vômitos e dificuldades respiratórias.
Já para os pacientes com diabetes tipo 2, a SBEM destaca o aumento de peso e a obesidade como sintomas. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, infecções frequentes, dificuldades na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos também podem ser sinais.
Mercado de diabetes Atualmente, mais de 70 empresas que produzem medicamentos para diabetes (55%) estão localizadas nos EUA e 17% na Europa. O mercado global de diabetes está dividido principalmente em quatro monopólios gigantescos: Novo Nordisk, Sanofi, Eli Lilly e Merck. Juntos, eles respondem por cerca de 72% do mercado.